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quinta-feira, 9 de maio de 2013

IMPRENSA JOVEM - Entrevista Sala de Apoio e Acompanhamento à Inclusão – SAAI




IMPRENSA JOVEM - ENTREVISTA
Sala de Apoio e Acompanhamento à Inclusão – SAAI
O trabalho com os deficientes visuais realizado na Emef “João de Lima Paiva”
Relevando-se a importância do trabalho de inclusão realizado nesta unidade escolar, nosso grupo de trabalho: Imprensa Jovem, atuante no Projeto Ampliar, resolveu fazer uma pesquisa e entrevistar a professora responsável pelo trabalho com os deficientes visuais, a fim de publicar no blog da escola e jornal impresso da escola para que aluno, professores, funcionários, gestão e a comunidade em geral possam conhecer a recursos tecnológicos e materiais didáticos específicos oferecidos pela Secretaria de Educação e os procedimentos pedagógicos utilizados pela professora para a construção de conhecimento e formação desses alunos. 
A professora Adriana Cristina Torato Apolinário é graduada em Pedagogia, pós-graduada na área de deficiência intelectual pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP e nas matérias do Magistério do Ensino Superior pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP.  Especialista na área é a responsável pelo trabalho com alunos cegos e deficientes visuais no polo existente em nossa escola. Agora ela vai falar um pouquinho sobre sua trajetória profissional, seu trabalho e seus alunos. Aprenderemos muitas coisas sobre a inclusão na educação!


O PROGRAMA 
Oferecido pela Secretaria Municipal de Educação, a Sala de Apoio e Acompanhamento à Inclusão – SAAI  atende a alunos com necessidades educacionais que podem ou não se relacionar com deficiências, limitações ou disfunções no processo desenvolvimento, assim como com situação de superdotação ou altas habilidades. Este espaço se constitui como um serviço de apoio pedagógico especializado, desenvolvido por professores especializados.
A Unidade Educacional é quem requisita a instalação desta sala e disponibiliza o serviço para os alunos da própria escola ou de outras Unidades da Rede Municipal de Ensino de seu entorno, onde não exista tal atendimento. Nossa escola é um polo e atende alunos com deficiência intelectual e visual.
Prof.ª Adriana Apolinário


Imprensa Jovem: Prof.ª Adriana, qual foi a sua trajetória até chegar a atuar como orientadora de alunos com necessidades especiais?
Prof.ªAdriana: Aos 18 anos, iniciei como prof.ª efetiva na Prefeitura de São Paulo. Naquela época a inclusão passava por um processo de mudança e ainda não havia socialização, o currículo era diferenciado e primava-se pela normalização do aluno, ou seja, surdo/oralidade. Hoje a cultura é a utilização da linguagem de sinais Libras.  Após ingresso em cargo na prefeitura de São Paulo, por cinco anos seguidos, lecionei para a educação infantil e sempre com alunos deficientes, aí então, percebi ter grande habilidade com esse público e passei a fazer cursos de libras, braile e depois parti para área de especialização. Apresentei proposta de trabalho e fui aceita como professora especialista em deficiência visual. Sempre entendi que o aluno tem seus direitos e que o professor de salas regulares com inclusão precisam ser orientados, isso alavancou a minha formação continuada.
Imprensa Jovem: Quem são os alunos atendidos por você? 

Prof.ªAdriana:  Nossa escola trata-se de um polo , assim atendo quatro alunos dessa unidade o Francisco Wallis Fontes, 7.ª série, que apresenta deficiência múltipla: intelectual e cegueira e a aluna Aline Pereira Araújo 8.ª série, também com deficiência múltipla: possui uma síndrome que gera  perda progressiva da visão, memória e movimentos físicos em estágio avançado.  As gêmeas Vivian Rocha e Vitória Rocha, que possuem 10% da visão que utilizam lápis 6 B e cadernos com pautas gigantes para as rotinas das aulas. Na modalidade EJA – Educação de Jovens e Adultos atendo o aluno Juan Ferrel , da Emef Idemia de Godoi. Esse aluno possui baixa visão e nas aulas utiliza lápis 6 B, caneta ponta porosa e caderno com pauta bem maior do que o normal. Leciono também para a aluna Samara Vitória Vieira, da Emef Ana Lamberg que possui baixa visão, contudo tem boa orientação e mobilidade. Por ser grau 10% de visão a estudante utiliza a linguagem braile para a leitura e escrita. O aluno Bruno Carvalho da Emef Elias Shammas, por possuir albinismo tem olhos claros com fotofobia, assim tem 10 % de visão. Esse aluno utiliza cadernos com os mesmos recursos de alunos comuns e, além disso, sua mobilidade é muito boa. Da  Emef Quirino Carneiro Rennó tenho o  aluno Kaique que tem glaucoma que gera perda da visão. Atualmente ele tem 10 % de visão e utiliza o sistema braile para o aprendizado.  A aluna Geovana da Emef Célia Anderi possui deficiência múltipla e orientação mobilidade bastante comprometidas é orientada nos estudos por meio do tato e assim se trabalha os estímulos.

Imprensa Jovem: Quais os principais obstáculos encontrados para a realização do seu trabalho? 

Prof.ªAdriana:  Apesar do trabalho do SAAI ser fortalecido por formações do grupo de apoio, vejo como um grande obstáculo a  ponte que deveria existir entre o meu trabalho e o do ensino regular. Além disso, a formação do professor para a capacitação com alunos de inclusão deixa a desejar. O gerenciamento de tempo para a troca de experiências, planejamento de atividades diferenciadas e confecção de material próprio é insuficiente. Entendo que a orientação do professor não deva ser realizada por imposição, já que a existem alguns impedimentos para a aplicação de estratégias em sala de aula.

Imprensa Jovem: Quais os recursos tecnológicos que são oferecidos, que ajudam no aprendizado dos alunos?
Prof.ªAdriana: Existem vários recursos. Entre eles posso citar os softwares Edvoz E Voxfox, a telelupa, livros paradidáticos e didáticos em braille, máquina de escrever em braille, folha gramatura 120, histórias em áudio – clássicos da literatura, DVD com audiodescrição para cegos – vários títulos de filmes, mapas em relevo, blocos lógicos, letras móveis em braille, quebra-cabeças especiais, estojo em braille, sólidos geométricos, régua de frações em relevo, braille vazado e a impressora braille.

Máquina de escrever em braille
Impressora Braille
Mapas em relevo e jogos em relevo


Imprensa Jovem: Seria possível você relatar algum momento marcante da Sala de Apoio e Acompanhamento à Inclusão – SAAI?

Prof.ªAdriana:  É  difícil escolher um momento específico, mas o que me marca  sempre é a batalha constante dos alunos e a motivação para estarem  na escola, aprenderem e vencerem os obstáculos .  Ouvir um aluno dizer “Eu quero aprender” e ver um sorriso no seu rosto quando está na escola, isso é e será marcante sempre.


9 comentários:

  1. eu gostei endrew 5 ano c

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  2. esse e bloggr mais legal e mais divetido bacana

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  3. eu fiz a entrevista e dou-lhes dica quando for fazer uma entrevista sempre ponha bastante linhas pois as pessoas sempre vão dizer o porque e nunca ponha só uma linha

    karolina inprensa jovem

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  4. eu participei desta entresvista e achei muito legal saber mais sobre os deficientes visuais

    aluno enprensa jovem :wender

    prof.ªpatricia

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  5. Eu achei essa entrevista que a imprensa jovem fez com a professora Adriana do saai muito legal foi muito interessante
    Érica Portela 5ªB

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  6. que pena eu não tava no dia mais eu achei muito enpotanti faze essa entrevista com a professora Adriana ele falo muitas coisa e teresanti

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  7. Achei mt Legal... Lí Bastante coisa


    Emerson e Roberto

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  8. bom achei muito interessante e muito legal a atitude de fazer esse site li tudo e gostei bastante

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  9. Achei muito dahora e interessante bom de mais Recomendo ! pra Quem vai ler! >< LEEEEEEEEEEEEEEGAL ~!

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